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Acordamos cedo e lá fomos nós. Já havia planejado tudo o que faria, mas a gente tem certeza que a vida não é assim. Mas sempre tem que planejar, senão você é levado pelos acontecimentos e aí perde o controle da situação. A estrada que liga BH a Sabará é muito tranquila e em cerca de 20 minutos já estamos lá.

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Logo na chegada, paramos o carro na rua Pedro II e fui tirar fotos. Algumas construções bem conservadas e uma outra, daquelas mais importantes, o solar do Padre Correa, estava fechado. É lá que funciona a sede da prefeitura da cidade, mas que fica aberta apenas nos dias úteis e que valeria a pena visitar pelo que se pode ver entre os portões.
Subindo mais um pouco chegamos a praça Santa Rita, onde fica o coreto, bem no meio da praça, dando aquela sensação de típica cidade do interior.

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Mas indo em frente, chegamos ao Teatro da Ópera. Que belo prédio! Sem dúvida uma boa restauração. Tiramos muitas fotos, em todos os três andares do seu interior. Dizem que tem uma excelente acústica. Havia um grupo de pessoas instalando equipamentos de som naquele já que o local é sempre usado para manifestações artísticas. Muito bonito mesmo, considerando a estrutura para a cultura daquela época.

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Seguimos em direção a outra praça, a de Melo Viana onde o destaque é a igreja de Nossa Senhora do Rosário. É tão imponente que o chafariz ali do lado não compete com o olhar.
A visão de frente da igreja, ou de sua entrada para a praça mostra como deve ter sido difícil construir aquela igreja, tanto que mesmo passados cem anos de sua fundação, ainda não sido possível concluí-la, pois faltavam recursos financeiros a sua Irmandade.
Embora estivesse dentro do horário aberto ao público, a igreja não estava com as portas abertas, sendo possível fotografá-la apenas externamente.

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Há um chafariz na praça (Chafariz do Rosário), construído com muita arte e importante na época dado a sua localização estratégica mas que hoje encontra-se fora de funcionamento.

Andamos mais um pouco, até a casa onde supostamente morou Borba Gato, mas não nos interessamos em visitá-la. Externamente vê-se que seu estado de conservação não é bom.
Voltamos ao carro e seguimos até a igreja de Nossa Senhora do Carmo. Passamos pela casa onde também, supostamente teria vivido Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, artista que tem várias obras nesta cidade e em muitas outras de Minas.

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A igreja se destaca na curva da rua, com o cemitério destinado aos membros da irmandade, quando dela necessitam. É um antigo e pequeno cemitério, que utiliza o sistema de gavetas.

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A igreja é uma das mais bonitas da cidade, tanto pela frente, muito bem trabalhada, quanto pelo interior, claro, com peças esculturais e oratórios bem espalhados por toda a igreja. O teto possui belas pinturas, bem como as paredes laterais da igreja.

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O guia nos mostra alguns detalhes como o local onde os religiosos lavavam às mãos, todo em pedra sabão, os móveis em madeira de lei, com enormes gavetões. E chama a atenção para uma ilusão de ótica na pintura sobre o teto na sacristia. Pela janela, lá fora, vê-se um piso externo todo em seixos de riacho.
Mas vamos continuar avançando até a próxima praça onde fica a igreja de Nossa Senhora da Conceição, onde a dificuldade para estacionar nos faz deixar para visitá-la na volta.

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Prosseguimos então até a Igreja de Nossa Senhora do Ó, ali bem próxima. Como pode esta igreja ser tão simples por fora e tão interessante por dentro. Externamente é muito pequena e nada esconde de seu tamanho interior, afinal trata-se de uma capela. A guia nos mostra imagens de pagode chinês e barcos figurando nas pinturas nas laterais da igreja. É que foram contratados pintores vindos de Macau, China, naquela época, colônia de Portugal. Atenta também para a falta de anjos, tão comuns nas igrejas daquela época. Mostra, que por uma obra malfeita no passado (abertura de janelas) a parede lateral cedeu, inclinando a edificação e deixando alguns dos quadros com apenas metade das pinturas.
Iríamos prosseguir para almoçar em Pompéu, distrito de Sabará, apenas a 6km dali, mas avisados que teria festividade ali, resolvemos deixar para outro dia.

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Voltamos até a igreja de Nossa Senhora da Conceição. Considerada uma das mais “ricas” da cidade, pela quantidade de esculturas banhadas em ouro e ainda pelos detalhes internos de sua construção.
Voltamos ao centro histórico até a praça Santa Rita para almoçarmos no Restaurante 314. Comida boa, comida mineira e bom atendimento.

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Logo em seguida fomos direto ao Museu do Ouro, parada obrigatória em Sabará. Trata-se de um casarão onde era executada a cunhagem de barras e moedas de ouro durante o período da monarquia portuguesa. Muita coisa para se ver, como móveis, pratarias, esculturas, ferramentas da época da mineração, etc.

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No pátio dos fundos existe um antigo engenho de madeira e um relógio de sol (onde a sombra marca as horas do dia).

Infelizmente todas as igrejas aqui mencionadas, tanto como no museu não é possível fotografar ou filmar em seu interior, apenas nas áreas laterais ou pátio interno (museu).

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Pouco mais à frente do Museu do Ouro fica a igreja de Nossa Senhora das Mercês. Trata-se de uma edificação muito simples e sempre de portas abertas, onde é permitido filmar e fotografar em seu interior.

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Bem, agora chegamos a metade do nosso passeio, que é a volta. Seguimos então, em direção a saída da cidade parando junto ao chafariz do Kaquende e da cadeia pública. A primeira atração, jorra água pura há mais de 250 anos, embora muito mais simples que o chafariz da praça Melo Viana, mas muito mais utilizado.

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A cadeia hoje é ocupada pela biblioteca municipal, ficando aberta à visitação apenas nos dias úteis. A visão externa mostra uma estrutura bem-feita e reforçada por grades nos janelões.

Prosseguimos então ao Distrito de Arraial Velho, passagem da Estrada Real, chegando a igreja de Santana, então fechada e nada nos apresentou interesse, embora soubesse que ali há algumas cachoeiras, mas vai ficar para outra vez, pois nos informaram um novo lugar para visitar chamado parque Ecopedagógico Quintas dos Cristais. Ao chegar ao local encontramos um restaurante, que abriga um pequeno museu de peças e equipamentos antigos e um chamado Museu da escravatura. Passando por uma entrada de muros de pedra, numa área próxima foi criado um ambiente daquela época, com um casebre em galhos de madeira e barro e alguns utensílios de época (caldeirões, suportes, ferramentas). Perguntamos sobre um mirante em que era possível ver as cidades mais próximas e obtivemos resposta de que foi desativado, por questões de segurança. Não aconselho a se deslocar até este local, já que os atrativos antigamente presentes já não mais existem.

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Voltamos em direção a cidade e resolvemos subir o Morro da Cruz de onde se avista grande parte da cidade, agora com suas áreas de encostas já com várias construções. Chegando lá, após um acesso de ruas bem estreitas encontramos uma capela (Senhor Bom Jesus) para onde seguem as procissões, na sexta feira da paixão, durante as festividades da semana santa.

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Na descida do morro, não pudemos deixar passar o pontilhão da estrada de ferro, que passa sobre o Rio das Velhas, agora desativado, mas mantendo ainda os trilhos daquela época. Este pontilhão pode ser visto logo quando se chega a Sabará, do lado direito, sustentado por enormes pilares de concreto numa grande altura do leito do rio.
Aqui, consideramos encerrado nosso passeio apresentando o que entendemos ser de mais interessante em Sabará. Passeio que pode ser feito em apenas um dia e muito próximo a BH. E da outra vez iremos conhecer Pompéu.

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